Seis pessoas são denunciadas por pagamento de propina em secretaria pelo MPF

  • 17 Mar 2015
  • 08:29h

O Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) denunciou dois grupos criminosos que incluíam um servidor público da Secretaria do Patrimônio da União na Bahia (SPU/BA), Paulo Roberto de Souza Castro. Segundo a denúncia, o servidor usava o cargo para receber “vantagens indevidas” e favorecer o interesse de pessoas ligadas ao ramo imobiliário. O esquema foi entre 2011 e 2014. No primeiro grupo, além do servidor, estão o italiano Ferruccio Bonazzi, o advogado Luiz Antonio Stamatis de Arruda Sampaio e o empresário Pedro Paulo Braga Sobrinho. Todos pagaram a Castro em dinheiro, além de bancar viagens e hospedagens em hotéis de luxo, em troca de favorecimento na Secretaria. Eles são acusados de corrupção passiva e ativa e advocacia administrativa, crimes com pena de reclusão e multa. No segundo grupo, foram denunciados o genro de Castro, Peter Woolf e o sócio dele, Pedro Carlos Bocca, pelo crime de advocacia administrativa, punido também com prisão ou multa. O MPF pede ainda ampliação do bloqueio de bens do primeiro grupo denunciado para R$ 728,6 mil, para resguardar em caso de condenação para possíveis devolução ao erário.Ainda é investigada a participação de mais três servidores da secretaria no caso. O esquema foi descoberto pela Operação Vista Mar, que concluiu que grupos criminosos recebiam propina para alterar cadastros de imóveis com redução de área, diminuindo os valores de taxa de ocupação e de laudêmio, outra taxa paga. Também alteram o fator corretivo que define os valores a serem a serem pagos relatos às taxas. Os servidores também agilizavam procedimentos como análise de processos e emissões de certidões. (Correio)