Ajudando o jornalista a pensar antes de falar besteira

  • por Deise Laura
  • 22 Nov 2015
  • 13:06h

(Imagem: Stuart Jenner/shutterstock.com)

Venho discordando de nossa presidenta em muitos aspectos, mas com relação a sancionar a lei do direito de resposta, creio ter sido uma decisão muito acertada. Vivemos em dias em que qualquer um se julga e se intitula jornalista. Conheço pessoas que nunca entraram em uma sala de aula, nunca se dedicaram a entender a importância do jornalismo e atuam não só como jornalista, mas como críticos. Veja bem... CRÍTICOS. Não é novidade que os meios de comunicação têm um poder imenso em influenciar no modo de agir, pensar e até de ser das pessoas. E essa influência tem sido exercida, a cada dia que passa, de forma irresponsável e tendenciosa. Quando decidi cursar jornalismo esperava mudar o mundo. Dizer somente a verdade e colaborar na criação do senso crítico das pessoas. Mas não dando opinião. Meu desejo era forçar as pessoas a pensarem. A aprenderem a decidir por si só. A entender que sempre há varias vertentes de uma mesma “verdade”. Envergonha-me - e muito - quando vejo, ainda nos dias de hoje, jornalista (ou pseudo-jornalistas) noticiando acontecimentos sem checar fontes e fatos. Dando opiniões, fazendo julgamentos e se esquecendo de que não estamos aqui para isso. Temos, sim, o direito de nos indignar, ficar revoltados. Somos humanos, mas desde que nossa opinião não incite ódio ou atos violentos. Creio que a lei de “direito a resposta” não irá minimizar os estragos causados por uma informação/opinião mal dada – não ajudou no famoso caso da Escola Base, certo? -, mas com certeza vai forçar parte dos meus nobres colegas jornalistas e comunicadores a pensar, e muito, antes de falar alguma besteira e proclamar suas opiniões.


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