Mudanças na lei da terceirização: Jovens podem ser os mais prejudicados

  • Wilma Santana / Brumado Urgente
  • 20 Abr 2015
  • 11:01h

A questão da terceirização do trabalho tem sido um tema bastante discutido na atualidade. Os reflexos de inflação e queda do poder de compra no perfil do mercado de trabalho têm sido falados com frequência em nosso país. Essa questão afeta diretamente aos jovens que passariam a buscar mais inclusão por conta de perdas na renda familiar. Segundo alguns pesquisadores, isso provocaria o aumento das taxas de desemprego na população economicamente ativa, pois, boa parte dos jovens que apenas estudam passariam a buscar emprego em um cenário desfavorável. De acordo com a última pesquisa nacional do Datafolha, a grande maioria dos brasileiros de 16 a 24 anos faz parte da população economicamente ativa e a maior parte (31%) é de assalariados com registro em carteira. O grau de escolaridade do segmento aumentou significativamente a partir do final da década de 1990. Há 19 anos, a maioria tinha apenas o ensino fundamental e a taxa de nível superior era de apenas 5%. Hoje, 65% têm o nível médio e 22% cursam ou cursaram uma faculdade.

 

Por talvez ter conhecido só essa realidade, o estrato se apresenta um pouco menos pessimista do que as outras faixas etárias quanto ao aumento do desemprego e sobre a queda no poder de compra. Por outro lado, predominante nas jornadas de junho de 2013, esse é o segmento mais apartidário e favorável aos protestos antigoverno e o que mais pede o impeachment de Dilma, apesar de quase 1/3 não ter votado em 2014 e de 35% avaliá-la como regular. As mudanças na lei da terceirização tem sido alvo de diversas críticas, contudo, de acordo com comentários de alguns jovens, a terceirização já tem sido praticada há anos em grande escala, pois uma forma dessa prática é o estágio renumerado em que o número de jovens atuando no mercado é bem maior que o de adultos.


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