Vitória da Conquista pode viver colapso de abastecimento similar ao que Brumado passou em 1998

  • Daniel Simurro | Brumado Urgente
  • 07 Jun 2016
  • 08:12h

(Fotocomposição: Brumado Urgente)

A água é considerada o bem mais valioso da natureza para o ser humano, já que é imprescindível à vida, esse clichê que parece piegas em certos momentos, acaba se tornando dramático quando o precioso líquido começa a se mostrar escasso. Devido aos sucessivos períodos de forte estiagem, que se agravou com maior intensidade neste ano de 2016, vários municípios do semiárido baiano começaram a conviver com as ameaças do “fantasma” do desabastecimento e, entre esses municípios, um em especial, parece estar à mercê de um colapso, que é Vitória da Conquista, onde o racionamento é cada vez mais acentuado, chegando ao ponto de em algumas residências ficar vários dias sem cair uma gota d’água sequer. Declarações de autoridades conquistenses projetam uma crise sem precedentes, já que apontam que o abastecimento vai ser a carro-pipa, o que, numa matemática bem simples, daria uma conta de, no mínimo, 3 mil caminhões para suprir a demanda, o que é um número bem alto. Apontar os culpados por esse momento que beira o colapso no abastecimento, ainda mais em período próximo das eleições, poderá ser o tom dos discursos, até que a Embasa resolva “arregaçar as mangas” e construir a Barragem do Rio Catolé, uma obra prioritária que para muitos já deveria estar é em fase final, mas ainda está somente no início do projeto. Brumado, há cerca de 150 km de Vitória da Conquista, já passou pelo caos no abastecimento no ano de 1998, quando a então Barragem do Rio do Antônio secou e o abastecimento teve que ser feito com carros-pipa. Essa situação foi o mote para o surgimento do movimento “Água é Vida” que reuniu milhares de assinaturas, pressionou o governo do estado e a Embasa, que resultou na construção da Barragem de Cristalândia, que, até o momento vem suprindo bem a demanda, não só de Brumado, mas como de outros municípios da região como Malhada de Pedras e Ituaçu. Em contrapartida, a questão na “Suiça Baiana” se agrava e os relatos dos conquistenses que tiveram em Brumado no último final de semana “fugindo” da falta d’água é realmente preocupante. O fator político para o município sempre se mostrou favorável, já que as últimas administrações sempre estiveram ao lado do governo, mas, o ditado “casa de ferreiro, o espeto é de pau” parece explicar uma pouco essa situação que tem chegado ao seu limite. A população deverá cobrar com mais vigor uma solução urgente, o que poderá mesmo ser o tema principal da campanha de alguns candidatos que irão disputar a cobiçada cadeira de prefeito da terceira maior cidade da Bahia. 


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