Meta de ir a todas as casas brasileiras para combate ao Aedes aegypti é adiada

  • 25 Jan 2016
  • 12:24h

(Foto: Reprodução)

Diante da constatação de que não conseguiria cumprir a meta de visitar todas as casas brasileiras até o fim de janeiro, em busca de criadouros do mosquito Aedes aegypti, o governo decidiu adiar o prazo. Agentes de saúde e militares das Forças Armadas terão até o fim de fevereiro para cumprir o compromisso, assumido no fim de 2015 e considerado crucial para tentar evitar que o país enfrente no verão uma tríplice epidemia de dengue, chikungunya e zika. As ações também tentam conter o avanço da microcefalia. Uma das hipóteses dos pesquisadores e do próprio Ministério da Saúde é de que o aumento é causado pela infecção do zika da mãe para o bebê, ainda no período de gestação. O anúncio da prorrogação ocorreu um dia depois de uma reunião de emergência, convocada pela presidente Dilma Rousseff para discutir as ações de combate ao vetor. Descontente com o trabalho, ela cobrou da equipe reforço nas atividades. "Não foi uma reunião de emergência, muito menos de bronca", desconversou o secretário executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira. "Mas de acompanhamento", completou. Ainda assim, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, iniciou ontem, no município do Crato, no Ceará, uma caravana de mobilização que deverá se estender pelo Nordeste. De 1º a 22 de janeiro, equipes conseguiram fazer 7,4 milhões de visitas no país para a eliminação de criadouros - o equivalente a 15,2% da marca que havia sido fixada pelo governo. O atraso é atribuído às dificuldades de se implementar nos Estados salas para controle das ações. Mesmo em ritmo lento, a realidade encontrada pelas equipes é bastante preocupante. Os índices de infestação nos locais visitados é de 3% (225 mil residências), marca tradicionalmente classificada como "situação de alerta" para surtos. A meta do governo é reduzir os índices de infestação para menos de 1%.


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